sábado, 15 de março de 2008

Deu pra ti Anos 70



Aproveitando a presença de amiguinha que mora nas Minas Gerais, resolvemos comemorar.
De início uma reunião de organização do "evento" em plena procissão do Senhor dos Passos. E isto acabou em canjica com côco na casa de Le Lago e a convocação para uma reunião ordinária em Santo Antônio, a beira-mar numa noite linda, a bordo de camarões regados a cervejinhas estupidamente geladas.
O início dos trabalhos foi tumultuado. Todas falando ao mesmo tempo com todas as sugestões possíveis. Conclusão: nada decidido porém as fofocas ficaram mais ou menos em dia.
A tomada de decisão mesmo só aconteceu no carro na volta pra casa e um e-mail comunicando o decidido. E "tamus" conversadas.
O bom estava por vir. Chamamos amigas de várias troupes da nossa diversificada juventude para uma festa temática. O tema era festejar e resgatar o que vivemos e o quanto fomos felizes onde a vida era risonha e franca. Algumas pessoas não suportam lembrar o passado, não são saudosistas. Provavelmente o que têm a lembrar não seja muito animador. Então abafe...
Pois nós somos. Temos muito para lembrar, para contar, para re-viver, mesmo que por alguns momentos, aquelas sensações que hoje sabemos deliciosas.
Mas, vamos em frente que já perdi o fio da meada.
A proposta era trazer de volta os sabores, cheiros e o "clima" dos delirantes anos 70.
Auge da nossa despreocupação, do nosso compromisso com a alegria e da obrigação única de aproveitar.
Tempos de paz e amor, praia, carnaval, festas, encontros e desencontros. Muito coração disparado na presença "daquele" paquerinha do momento. Muita fossa por "este" mesmo que acabou a noite com outra, dando um pé-na-bunda inesperado. Mas, tudo tinha cura.
Os pepinos e abacaxis vieram bem depois.
O cardápio foi caprichado com tudo que era servido naqueles tempos. Pois não faltou nem o melão com presunto. Era chic no úrtimo. O strogonoff era de lei e o de Le Lago estava divino. Nas bebidas, uma pequena intervenção do paladar de hoje. Um espumantezinho foi a concessão.
E dá-lhe cuba-libre, hi-fi, coca-cola, guaraná e, correndo por fora uma boa e velha "laranjinha" Max Wilhellm(refrigerante de cor amarelo-canário que pretensamente seja de laranja, coisa cá desta Ilha).
A decoração acompanhava o clima com discos de vinil, solitários com rosas vermelhas e toalhas de "pois" em preto e branco. Um show de Le Malta na decoração e nos canapés e sobremesas. Por exigência da visita não faltou nem o sagu com vinho e, novamente Le Lago acertou a mão.
Ah! Tinha até um discotecário. Sim pois, em priscas eras não se imaginava que essa função viria a chamar-se de DJ. A seleção musical, claro, toda de época acompanhada de efeitos luminosos.
E os trajes? Muita criatividade para resgatar coisas que não existem mais. Valeu o improviso e a criatividade. Saíram dos baús, batinhas indianas, óculos coloridos, boinas, saias-midi (quem lembra?)bolsas de pano, correntes e medalhões e o que mais fosse possível para dar o tom certo. Muito colorido e divertido.
Sei que dançamos, pulamos, rimos, lembramos, nos esgoelamos a cada música, lembrança de cada acontecimento, brindamos e fomos muito felizes.
E ainda tinha mais. Restava uma forcinha para marcar o almoço do dia seguinte.
Então, rumo aos Ingleses acabar as comidas e bebidas na casa de Le Laus, e o melhor de tudo, comentar a festa.
Deste tour de amor fraternal ficou a promessa de não deixar a distância e o tempo nos passarem a perna.

Então...vamos combinar.

5 comentários:

Unknown disse...

Hum... fico daqui só lendo e babando essa algazarra toda. Também quero!
Bjs querida.

Unknown disse...

Gentemmmmmmmm !!!!
Que gostosura são esses encontros.
Também fico de longe só babando e querendo mais um encontro com vc e nossa turminha.
Beijocas e Feliz Páscoa!

Anônimo disse...

So mesmo a Sil, para relatar com tanta eloquencia a nossa festa.
Obrigada amiga.
A RBS e o Diário Catarinense estão perdendo uma grande jornalista , cronista nata dos costumes da Ilha .
Cacau te cuida.....

Baú da Silzinha disse...

Regina e Lia, obrigada queridas. Nossos encontros também são tudo-de-bom e morro de saudades.

Amiga anônima, obrigada pelas palavras elogiosas mas, menos, querida...menos.
Só esqueceste de assinar criatura.
Como vou adivinhar qual das Filhas de Maria é tão gentil?

Beijo grande a todas

Unknown disse...

Sil, só hoje entrei novamente no seu blog. Adorei! Vc escreve com graça e leveza, e me fez dar boas gargalhadas. Ainda bem que temos o quê recordar e amigas para compartilhar as belas lembranças. Um beijo carinhoso a todas as Filhas de Maria.
Lia Soncini (já que tem outra Lia no pedaço)...ou, se preferirem, Leatrice!