domingo, 7 de dezembro de 2008

Trabalheira



Meus dias têm sido tão tumultuados que estou sem perspectivas de ver uma luz no fim do túnel.
Sabe quando se tropeça nos próprios pés? Tô assim. Uma enrolação sem fim.
Nem agenda resolve mais pois os compromissos se sobrepõem.
Hoje as atividades foram tão intensas que consegui “escalavrar” minhas delicadas mãozinhas.
Depois de muito entra-e-sai de casa, armei-me de paciência e chave de fenda e fui trocar o assento do bacio do meu banheiro. A tinta do armário que pintei já estava seca, então, mãos-à-obra. Facinho, facinho.
Não era. Um parafuso saiu rapidamente na maior facilidade, já o segundo daria uma mini-série.
Perdi bem umas duas horas de tentativas.Usei dez chaves de fenda de vários tamanhos, três alicates - um de cutículas não sei porquê e uma tesourinha de bordado.
Uma cirurgia no cérebro deve ser mais fácil.
O troço estava tão emperrado que me custou muita técnica e habilidade. Saiu na porrada, é claro.
Não contente com esta epopéia, lembrei que era dia seis de dezembro, dia de São Nicolau, portanto, dia de montar os enfeites de Natal.
Interrompi a tarefa na alta madrugada totalmente sem força nem para um último suspiro.
Isso que, no momento, as listas de presentes de Natal estão muito longe na fila de prioridades.
Antes disso tem uma obra no banheiro da vó.
Ainda passo o Natal com uma caçamba do "tele-entulho" no meio da sala.

Desconfio que preciso de férias urgentemente.