sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Meu amigo Mané


Já está até calor e "minha casinha" aqui abandonada.

É que a vida anda atrapalhada e o tempo disponível insuficiente para para tantos apelos.


No exílio do momento, consegui, finalmente ler meu amigo Geraldo Simas no seu "Eu, Mané".
Que viagem.
A narrativa é uma delícia e me transportou no túnel do tempo para uma Florianópolis das décadas de 60 e 70 que ficou lá atrás na minha infância e adolescência.
Senti até o cheiro das pitangueiras de Canasvieiras que, infelizmente, sucumbiram ao desenvolvimento e ao progresso.
Conheci a praia da minha infância com uns 4 ou 5 anos com meus pais em seguidos verões de meia dúzia de casas e um único hotelzinho. Já contei isso em outro post.
Pois o "danado" me refrescou a memória na descrição rica em detalhes daquele pedacinho da Ilha, para mim tão cheio de encantamento.
E, de lá, pelos olhos de um menino (ele próprio?), veio contando a história da cidade, a nossa história contida nestes anos.
Não escapou nada nem (quase) ninguém daqueles tempos.
Dos personagens da cidade pequena ao "modus vivendi" de uma geração.
Adorei embarcar e re-visitar um lugar que já não existe mais a não ser dentro de nós mesmos.
Tenho muita saudade desse tempo e de tudo que vivi. Saudosismo? Claro que sim!
Afinal, relembrar o que foi bom e o sentimento de felicidade que deixou é para quem foi feliz.
Quem não foi, abafe o caso e esqueça que teve um passado, né mesmo?
Valeu, amigo Geraldo!
Me avise o lançamento do próximo. Já estou esperando.