quinta-feira, 10 de julho de 2008

Máquina mortífera


Não sei se choro de raiva ou grito de desespero. Fora de brincadeira.
A locutora que vos fala passa meses "acampada" no recesso do lar por conta de uma reles reforma na parte de serviço, para, depois de tudo instalado e lindo, ter a decepção de ver tudo isso alagado.
Vou contar.
Troquei a boa e velha (mesmo) máquina de lavar roupas por uma moderníssima, com abertura frontal, trocentos programas, fluente no inglês e no francês, para fazer 'um' bonito e cadê que a talzinha cumpre o prometido?
Para não ter maiores problemas chamei a autorizada para instalar. Já na inauguração, a cretina vomitou toda a água que continha. Não centrifugou o que era para centrifugar.
Chama o moço de volta. Mexe, vira, remexe, alaga tudo de novo.
"Tá pronto senhora".
Oba! vou dar cabo do acúmulo dos panos de bunda empilhados.
Legal, o programa funcionou até o fim direitinho.
Epa! A roupa está encharcada. Ai, ai, ai que vou ameaçar um surto.
Já meio dando um esbregue na moça que "ia estar me atendendo", contei a novela e marcou para hoje a volta do técnico. Era a terceira vez que ligava a mal-agradecida (a máquina, não a moça).
Vira, mexe, remexe, alaga tudo de novo.
"Tá pronto senhora".
Agora sim, tudo nos conformes, vamos ao trabalho.
Fui fazer minhas coisas e botei a danada para fazer jus ao preço.
Depois do tempo regulamentar, fim do trabalho, finalmente abri a porta.
Chuáááááááááá...Tomei um banho.
Não drenou a água mais uma vez e aquilo tudo que estava dentro jorrou para fora.
Meia noite e meia e a pobre aqui, de bunda pra cima, panos e rodo para secar aquele mar espumoso que enlameava cozinha, escritório, depósito e o apartamento do vizinho.
Não sei se amanhã cedo eu grito, xingo ou canto um tango para aquela moça simpática e educada que "vai estar mandando o técnico" - só se for à merda!