sábado, 5 de junho de 2010

Longa jornada dia afora



Desterro, 5 de junho de 2010

Diazinho brabo esse de hoje!
Quer dizer, não só o de hoje. Os da última semana especialmente.
Começa a epopéia com uma insônia instalada que não há remédio, simpatia, feitiço ou ataque histérico que a domine.
Vejo a noite passar em branco e o dia vira a treva.
No domingo, ao devorar uma barra de chocolate, que algum prazer há de se ter na vida, a boa e velha prótese do molar veio abaixo.
Num acesso de “eu resolvo tudo”, não titubeei com o superbonder. Pode? PODE!
Pior que o “serviço” ficou muito mal feito, pois a danada não encaixou certinho no lugar.
Dentista só na terça.
Que agonia, mas, fazer o quê?
Depois da lambança, serviço feito direitinho por quem de competência, volta à vidinha normal de sempre.
Quinta, feriado, não é que a miserável caiu de novo?
Hoje, aos trancos e barrancos, dando a maior sorte que o dentista estava tratando o canal da mãezinha dele, a rebelde (a prótese, não a mãe do moço) foi novamente recolocada em seu devido lugar.
As perspectivas são sombrias, pois terá que ser substituída logo, logo, além de reforma geral na “chapa”.
Nesta altura do campeonato, a natureza deveria nos brindar com uma terceira dentição. Tipo bônus.
Não se pode mais nem gargalhar em paz. Fala sério!
Depois do estresse no dentista, o dia continuou neste nível “agradável” com a obrigação de fazer um Raio X panorâmico (parece até coisa boa) pegando um dilúvio no trajeto.
Como é feriadão, a moçada aqui da casa está circulando num entra e sai que até cansa.
Neste fuzuê que já estava a casa, uma parada para organizar os pagamentos e compras do dia, no exato momento em que o excelentíssimo papi das filhotas queima meu sofá novo.
Quase botei um ovo. Juro por Deus!
Já com ódio da vida, fui guardar a roupa passada e a dita cuja estava entre o úmido e o molhado. “Bora” colocar tudo na secadora que estava um dilúvio, lembram?
Enquanto Bea agitava uma reuniãozinha com as amigas aqui em casa e Pedro e Iza iam cumprir com as obrigações de banco e supermercado, joguei-me na cama e fiquei vendo um filme (até para esquecer o sofá queimado).
Aliás, hoje vi dois filmes numa “tacada” só.
Para terminar a noitada, pedi que trouxessem “Sob o sol da Toscana” que, afinal de contas, eu tinha o direito de acabar o dia com um merecido relax.
E o longo e cansativo dia acabou com Bea “matraqueando” na sala com as amigas e Pedro, Iza e eu nos deliciando com a beleza do sol da Toscana.
Tudo na paz do Senhor.
(“Pero no mucho” porque ainda não esqueci do sofá queimado)

2 comentários:

Anônimo disse...

Sil, o teu texto está divertidíssimo!
É assim: o infeliz do ser humano morre de ri quando vê a desgraça dos outros (não a dele). Mas tudo bem! Pelo menos os nossos infortúnios carregam algo de positivo dentro de si. Só espero que o queimador de sofá não morra de ri ao contar o episódio para os amigos. Mesmo que seja tomando uma cervejinha (aí já é pedir demais, não?).
minibjs, geraldo

Baú da Silzinha disse...

Amigo Gealdo, te garanto que o "queimador de sofá" não está com este humor todo. Afinal, vai ter que arcar com a forração nova além de aturar o meu esbregue no volume máximo. A baiana rodou com gilete na ponta, fio!
Adorei a visita, volte sempre que é um prazer.
Beijo grande