quarta-feira, 29 de julho de 2009

Que frio!



Diazinho miserável, credo!
Frio e aquela garoa fininha que consegue molhar até a alma do vivente.
Isso aqui é uma ilha, o que nos remete ao sol, calor, praia, enfim, nada compatível com este tempo me-do-nho que nos assola.
Como estou em regime de “prisão domiciliar” e o único dia da semana disponível é terça-feira, marquei um café com as Filhas de Maria.
Comecei meus preparativos e resolvi adiantar o expediente. Depois do banho já coloquei meu pijaminha por baixo que não estava disposta a sentir frio nem na saída e muito menos na chegada.
Achei pouco. Foi mais uma camiseta, uma blusinha de gola rolê e um blusão de lã.
Na hora de fechar a calça quase pedi ajuda às forças armadas. Aquele zíper não fechava era nunca. Arrematei a trouxa com um mantô e uma echarpe amarrada no pescoço para me garantir.
Ah, duas meias e botas.
Salve Mãe de misericórdia! Senti-me um robô. Quentinho, mas...um robô.
Já saí de casa rindo sozinha, imaginando o caso de alguma emergência.
Sei lá, uma paixão fulminante (claro que praticamente impossível), ir parar num hospital, qualquer coisa que me fizesse ser obrigada a tirar aquilo tudo.
No primeiro caso, um breve contra a luxúria, no segundo morria antes do atendimento.
Ainda em casa, dando um tapa no visual, deparei-me com um fio preto saindo diretamente do meu queixo. Jesus toma conta! Barba? Eu agora vou criar barba ?????????? Estou “passada” até agora.
O papo, como sempre, rolou frouxo.
Os assuntos são interessantíssimos, pena que todas falem sobre tudo ao mesmo tempo. Fica tudo pela metade.
Passeando pelo quesito “estou acima do peso”, as definições eram ótimas.
Uma não está gorda, tem ossos mais pesados.
A outra tem “anorexia”, o espelho é que a engana.
Uma terceira é magérrima no seu próprio espelho. No da loja ela quer saber “quem é aquela gorda que está me olhando”... e por aí vai.
Claro que tem o papo sério e os assuntos são colocados mais ou menos em dia, mas, isso não tem graça para contar.
Foi muito divertido e pude passar uma tarde relaxada e agradável junto com as minhas queridas amigas.
Matamos as saudades e até ameaçamos uma feijoada numa próxima terça-feira.
‘Tô’ levando fé não...

domingo, 12 de julho de 2009

Bye, bye Michael



Alguém aí, pelamordedeus, faça alguma coisa.
Ainda existirá quem esteja interessado no massacre da mídia em cima da morte do Michael Jackson?
Não aguento mais.
Enquanto for possível algum lucro, algum espaço, isso vai continuar a nos torturar.
Abuso de drogas, overdose, doença e/ou assassinato? Hein?
Aquele "circo" armado no velório está sendo cobrado do povo. Um milhão de dólares!
Quem mandou ficar quase duas semanas se amontoando e se esgoelando na rua?
No dia seguinte já não havia mais nem gente e, muito menos, uma flor murcha sequer.
Bastou apagar o último refletor e desligar os microfones.
Não foi enterrado nem cremado e ninguém sabe o paradeiro daquele esquife.
Agora estudam o cérebro da criatura.
Nem filme "B" de ficção científica conseguiria tanta imaginação.
'Tá' certo que era uma estrela pop, dançava muito, cantava e era doido. Um prato cheio.
Mas, precisa isso tudo?
Todos os canais de tv exploram o mesmo assunto.
Enquanto Michael Jackson estiver no topo da parada de sucessos, nossos políticos abafam um escândalo por dia e o povo se esquece deles.
Credo, deixa o cara virar purpurina logo para que possamos descansar em paz.

sábado, 4 de julho de 2009

Pudim dos Infernos

Em homenagem à Maat que vai entender direitinho o assunto que vou relatar.


Credo! Quanto tempo não venho aqui.
Ando com a vida virada do avesso mas, hoje tenho que contar um ocorrido agorinha mesmo.
Deus, quando me jogou no mundo, estava decidido: "Filha, não te metas na cozinha. Este lugar jamais será a tua praia". Tinha eu que me meter?
Pois é.

Ana Luíza chegou em casa cobrando o pudim de leite condensado prometido.
Com muito esforço cheguei ao livro de receitas e, para minha surpresa, não tinha nenhuma.
Deve ser um troço tão sem vergonha que nem carece receita.
Joga no Google.
Beleza! Uma receitinha ma-ra-vi-lho-sa, facílima e, melhor, de microondas.
Para quem, como eu não tem a menor intimidade com o assunto, achei o máximo.
6 colheres de açúcar, 6 de água, 3 minutos. Se ficasse muito clara a calda, mais 1 minuto.
Assim fiz.
Acabada a operação, tirei o recipiente plástico e deu-se o infausto.
Veio tudo junto. O fundo do pote derretido e a calda do pudim. Tudo escorrendo pelo forno, pelos móveis, pela pia, pelo chão, pelo caramba a quatro.
E aquilo seca automaticamente e vira uma estalactite indestrutível.
O tapete da cozinha já tem destino certo - o lixo! Nem que fosse um persa bordado em ouro teria salvação. Perda total.
Aquilo deve colar de unha quebrada a ogiva nuclear.
Ana Luíza, aquela insensível, passou ao lado e exclamou: "Mamãe!"
Não moveu sequer a sobrancelha quanto mais os bracinhos para me ajudar.
E dê-lhe detergente, água fervendo, faca de ponta, palha de aço e muita força para limpar aquele mundo doce e vitrificado de uma calda de pudim.
Fico besta quando escuto as narrativas culinárias das minhas amigas prendadas que têm a facilidade e a competência no trato das panelas.
Eu, sinceramente, sinto-me um elefante na loja de cristais.
Agora, o miserável está lá, deitado no forno convencional, mergulhado em banho-maria (ainda tem esse hífen?) olhando pros meus cornos com cara de desprezo.
Por que não sigo meu próprio conselho? Tão simples. "Compra pronto".