segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Boas Festas
Muita atribulação e chateação mas, passou.
Porém o Ano Novo ainda não chegou e, portanto, ainda dá tempo para desejar um 2011 cheio de paz, alegrias e realizações a todos.
Pois então...
O Natal já acabou e eu aqui fazendo das minhas.
Quando não tem nada de novo, eu invento.
Hoje fui à Oi - telefonia para reclamar uma cobrança inesperada e a inclusão num plano que eu não queria.
O tal plano incluía "banda larga", meu celular é pré-histórico e do fixo não preciso. Já assino a Net.
Mais,conta de quatro celulares no pacote. Já uso pré-pago para não me incomodar e um só.
Enfim, perdi e fiz a funcionária da Oi (loja) perder também, umas duas horas de péssimo atendimento.
O jogo de empurra-empurra, a musiquinha que não acaba e a linha que cai (ou desliga-se nas fuças do cliente), acontece com os funcionários da própria empresa também. Imagine com o cliente - nós!
Iza e Pedro foram ao meu encontro e saímos dali para um café e uma trégua.
Conversa vai, conversa vem, vimos uma fila numa loja popular de eletrodomésticos, tipo torra-torra.
A título de curiosidade entramos para ver o preço de uma tv maior que já estava pensando em adquirir para a sala.
Pedro logo avisou que tinha visto mais barata nas Lojas Americanas.
O que fiz eu?
A coisa mais lógica do mundo.
Fui lá e comprei mesmo a tal tv.
Para quem saiu de casa só para se aporrinhar na loja da Oi, aturando mau atendimento e pronta para rodar a baiana com gilette na ponta, muito normal chegar em casa abraçada a um aparelho de tv novo.
Já "tô" craque nisso.
Outro dia, quando fui com Bea fazer sua matrícula no cursinho, entrei numa loja e comprei um guarda-roupas para a praia, assim, num zás.
Estas minhas saídas estão se tornando cada vez mais "emocionantes"
Ando perdendo a noção do perigo.
Jesus toma conta!
p/s - à propósito, o assunto com a Oi ainda não foi resolvido
sábado, 25 de setembro de 2010
A Fita Métrica do Amor
- Como se mede uma pessoa? Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento. Ela é enorme pra você quando fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito, quando olha nos olhos e sorri destravado. É pequena pra você quando só pensa em si mesmo, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade.
Uma pessoa é gigante pra você quando se interessa pela sua vida, quando busca alternativas para o seu crescimento, quando sonha junto. É pequena quando desvia do assunto.
Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma. Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês.
Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas: será ela que mudou ou será que o amor é traiçoeiro nas suas medições? Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ser ínfimo.
É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações. Uma pessoa é única ao estender a mão, e ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma. O egoísmo unifica os insignificantes.
Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande. É a sua sensibilidade sem tamanho.
terça-feira, 31 de agosto de 2010
O Professor de Latim
Aproveitando a "deixa", falando de latim, vai aí o que escrevi há tempos sobre o meu professor dos idos ginasiais.
Era sério. Sério e bravo.
Meninada de 12, 13 anos ia querer o quê com aula de latim? Um suplício.
Perguntava-me atônita onde iria usar uma língua morta e enterrada nos confins da antiguidade. Pois já se mostrou muito útil, se querem saber.
Falava do Professor, que aos nossos olhos adolescentes já deveria ser um senhor entrado nos anos. Pois não era. Já se vão décadas e ele ainda anda por aí. Encontrei-o outro dia, já curvado e alquebrado pelo tempo e por uma carrocinha de papelão, que lhe atravessou à frente, atropelando-o nas lides da cidade enlouquecida.
Ficávamos de pé a sua entrada na sala de aula e à medida que ia comandando: "senta o cantinho", lá se sentava toda a fila do canto. E assim, fila a fila, sentavam-se todos e iniciava o martírio.
Dia de prova era um alvoroço. Colar em prova dele seria algo inimaginável, tão bravo que era. Mas como mulher desde cedo aprende a usar de artimanhas que a natureza e e a ousadia lhe oferecem, era só colar a matéria na bainha da saia do uniforme e discorrer sobre a matéria muito sabidamente. Num colégio só de meninas, que professor teria a audácia de mandar alguém levantar a saia? E aos trancos e barrancos, um pouco estudando, outro pouco colando mesmo, passamos para a quarta série do ginásio.
No ano seguinte, para surpresa geral, o Professor não só nos ensinaria a continuação do latinório como também todos os substantivos, verbos e adjetivos acompanhados das análises sintáticas da vida nos dando aulas de português.
E aquele "senta o cantinho" perpetuou-se por mais um ano inteiro, sendo que agora em dose dupla.
O que vem contrariar a teoria que o raio não cai duas vezes no mesmo lugar.
Cai sim!
Revisão de texto: Ana Beatriz
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Twittando
Ultimamente, tenho ficado muito em casa- contrariando totalmente a minha natureza livre, leve e solta. Estou aqui como um passarinho preso na gaiola, doidinha para voar.
Ô meu Pai!!!!!
Com esta sobra de tempo e fuçando na internet, acabei me "metendo" no tal twitter.
A duríssimas penas consegui entender o "mecanismo de funcionamento" da nova -para mim- rede de relacionamentos.
Bea, com um quente e dois fervendo, abriu a conta para a mamãe e mandou-se para uma festa.
Fiquei aqui, sentada em frente ao pc com cara de paisagem. Cadê que eu conseguia dar andamento no negócio? Era tudo em inglês, língua da qual não extraio nem um "yes". Fazer o quê, se na minha época escolar aprendia-se francês e latim? Eu poderia ter estudado à parte, mas não estudei. Ponto.
Dando seguimento...
Iza chegou e viu minha cara de sofrida. Sentou-se aqui e explicou mais ou menos do que se tratava.
Já estava tomando pé da situação quando vi que tinha a possibilidade de mudar o idioma. É claro que não tem português. Mas tem francês. Eu não disse que tive aulas no colégio? Pois então!
Salva a minha pátria pois comecei a entender tudinho, fui à cata de povo interessante para seguir.
A-do-rei!
Ando me divertindo a valer com o fuzuê.
Sei todas as fofocas, babados e notícias em tempo real. Esse povo não faz outra coisa na vida que não seja "twittar".
É uma comunicação instantânea que "conta pra todo mundo" o que está rolando nesta nave louca. Em 140 caracteres dá para resumir a Bíblia!
Depois de conseguir "adentrar ao gramado", ainda sabe-se Deus como, dei instruções à distância para que Lia, lá em Nikity, aderisse a esta nova diversão.
Eu sou mesmo muito "metida"!
Revisão de texto - Ana Beatriz
sábado, 12 de junho de 2010
Corações e Vuvuzelas
Nem sei por onde começo...
Porque, né? Hoje, dia dos namorados, os casais comemorando. Maravilha.
Por aqui, este “assunto” está passando batido.
Só não passou mais porque Bea e eu resolvemos trocar presentes.
Aliás, Bea me diverte muito.
Sigam o raciocínio:
“Mãe, o que interessa no dia dos namorados? Não é ganhar o presente e sair pra beber? Então...ganho o teu presente e saio para beber com as amigas!”
Uma sábia.
Uma amiga solteira soltou uma pérola:
“Vou colocar uma lingerie nova, abrir um bom champagne, colocar um filme de amor e... cortar os pulsos”
Uma humorista.
Já Pedro e Iza estão no só Love, só Love.
Uns românticos.
Eu já passei desta fase, digamos, crédula e estou bem feliz comigo mesma.
Acho ótimo ter a minha liberdade de, inclusive, ficar na base do pijamão confortável sem a “obrigação” de acordar já com uma pinturinha nas fuças e um traje aceitável.
Até porque marido não é status, bengala ou garantia de felicidade.
Uma realista.
Outro assunto no ar 24 horas, a Copa do Mundo, já está além do horizonte.
Está ficando tão chato quanto o esgoelar de uma multidão de vuvuzelas desvairadas.
Não sei se é porque o Brasil ainda nem entrou em campo, mas, já to achando chato.
Até agora o lance mais emocionante em jogo foi o big frango do goleiro da Inglaterra.
Como diz a Bea, essa até a tia Hilda pegava!
Vamos esperar que nossa seleção honre o calção que veste.
No mais é vuvuzela neles todos rumo ao Hexa!!!!!
Ou não...
Dunga, Dunga, olha lá!
sábado, 5 de junho de 2010
Longa jornada dia afora
Desterro, 5 de junho de 2010
Diazinho brabo esse de hoje!
Quer dizer, não só o de hoje. Os da última semana especialmente.
Começa a epopéia com uma insônia instalada que não há remédio, simpatia, feitiço ou ataque histérico que a domine.
Vejo a noite passar em branco e o dia vira a treva.
No domingo, ao devorar uma barra de chocolate, que algum prazer há de se ter na vida, a boa e velha prótese do molar veio abaixo.
Num acesso de “eu resolvo tudo”, não titubeei com o superbonder. Pode? PODE!
Pior que o “serviço” ficou muito mal feito, pois a danada não encaixou certinho no lugar.
Dentista só na terça.
Que agonia, mas, fazer o quê?
Depois da lambança, serviço feito direitinho por quem de competência, volta à vidinha normal de sempre.
Quinta, feriado, não é que a miserável caiu de novo?
Hoje, aos trancos e barrancos, dando a maior sorte que o dentista estava tratando o canal da mãezinha dele, a rebelde (a prótese, não a mãe do moço) foi novamente recolocada em seu devido lugar.
As perspectivas são sombrias, pois terá que ser substituída logo, logo, além de reforma geral na “chapa”.
Nesta altura do campeonato, a natureza deveria nos brindar com uma terceira dentição. Tipo bônus.
Não se pode mais nem gargalhar em paz. Fala sério!
Depois do estresse no dentista, o dia continuou neste nível “agradável” com a obrigação de fazer um Raio X panorâmico (parece até coisa boa) pegando um dilúvio no trajeto.
Como é feriadão, a moçada aqui da casa está circulando num entra e sai que até cansa.
Neste fuzuê que já estava a casa, uma parada para organizar os pagamentos e compras do dia, no exato momento em que o excelentíssimo papi das filhotas queima meu sofá novo.
Quase botei um ovo. Juro por Deus!
Já com ódio da vida, fui guardar a roupa passada e a dita cuja estava entre o úmido e o molhado. “Bora” colocar tudo na secadora que estava um dilúvio, lembram?
Enquanto Bea agitava uma reuniãozinha com as amigas aqui em casa e Pedro e Iza iam cumprir com as obrigações de banco e supermercado, joguei-me na cama e fiquei vendo um filme (até para esquecer o sofá queimado).
Aliás, hoje vi dois filmes numa “tacada” só.
Para terminar a noitada, pedi que trouxessem “Sob o sol da Toscana” que, afinal de contas, eu tinha o direito de acabar o dia com um merecido relax.
E o longo e cansativo dia acabou com Bea “matraqueando” na sala com as amigas e Pedro, Iza e eu nos deliciando com a beleza do sol da Toscana.
Tudo na paz do Senhor.
(“Pero no mucho” porque ainda não esqueci do sofá queimado)
sexta-feira, 30 de abril de 2010
Pressão Alta
Desterro, 29 de abril de 2010
Este é o país da piada pronta.
Vai o Ministro da Saúde para a TV “receitar” como remédio para pressão alta sexo, cinco vezes por semana.
Estou morrendo de rir, imaginando a quantidade de bobagens que esse povo vai falar.
Eu mesma fiquei aqui “realizando” a cena.
Velhinha chega na Farmácia Popular e pede ao balconista para aviar a receita do Ministro.
Afinal, a pobre é cidadã e participante de todas as “bolsas” existentes. Não vai ficar fora desta.
O funcionário dá as opções:
" - De marca: 30 anos, sarado, bronzeado, gentil, educado; eficácia garantida”.
" - Genérico: sessenta e cinco anos, meio barrigudo, branco como uma vela, cheio de manias, meio grosso; pouco eficaz.
" - Similar: oitenta e cacetada, murcho, incolor, sem educação nenhuma; ineficiente”
Não vai ter “Viagra” que dê conta da pressão que a macharia vai ter que enfrentar.
Já está virando circo. É só palhaçada.
quinta-feira, 25 de março de 2010
Tricotando no café
Nasceu até o neto de Le Malta e nós assim afastadas.
Hoje aconteceu mais um dos nossos deliciosos cafés da tarde com quórum reduzido, é bem verdade.
A moçada anda muito ocupada.
O papo rolou solto e recheado de muitas novidades e fofoquinhas triviais da cidade e nossas próprias.
Amiga de alguém da mesa (que ela não lembrou quem) anunciou à filha que haveria aqui um show do César Camargo Mariano.
A moça imediatamente convocou a turma que, na mesma hora, mandou alguém providenciar os ingressos.
Com os ditos em mãos a filha pergunta à mãe:
- de quem é o show mesmo?
- do César Camargo Mariano, oras!
- mããããããããe....é César Menotti e Fabiano!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Gargalhadas e identificação imediata.
Marido implicando com o namorado da filha eternamente, dizendo que o moço não era nem de cumprimentar com as formalidades necessárias de apertos de mão nem nada.
Passamos a tarde numa gargalhada só.
Nem carece terapia.
terça-feira, 23 de março de 2010
Viva Floripa
Uma praia que namora o mar”... (Luiz Henrique Rosa – Itaguaçu)
Minha cidade faz hoje 284 anos.
Sou eternamente encantada por sua beleza e pela maneira de ser dos que aqui nasceram na simplicidade de ver e viver a vida à beira-mar.
Esta Ilha é para ser saboreada com calma e prazer.
Conhecer e participar de sua vida cultural singular, acompanhando um boi de mamão nos verões preguiçosos, renovar, a cada ano, pedidos e agradecimentos ao Senhor dos Passos no fim da quaresma, freqüentar as barraquinhas dos festejos do Divino, comer com gosto uma tainha ovada na chegada do frio, ir à Lagoa da Conceição e perder o fôlego no mirante, ver as rendeiras trançando os bilros nas almofadas de rendas, visitar Santo Antônio de Lisboa, seu casario e artesanato, ir à Freguesia do Ribeirão da Ilha, freqüentar as ruas do centro e dar uma passadinha no Mercado para um chope e um pastel de camarão no Box 32 e saber as últimas novidades... não tem preço.
Minha cidade não é o glamour de um Jurerê Internacional ou um Costão do Santinho, “criados” para ricos e famosos. Esses não têm noção de onde estão. Apenas trouxeram seus usos e costumes, grifes e pompas, instalados em mansões e resorts que passam longe da arquitetura típica local.
É, na essência, o bom humor, a alegria espontânea, a hospitalidade simples e natural do “manezinho” que faz questão de ser feliz.
Simples assim.
Boi de mamão
"Um pedacinho de terra, perdido no mar.." (Zininho - Rancho de Amor à Ilha)
quarta-feira, 17 de março de 2010
Elis
terça-feira, 16 de março de 2010
Garapuvus e Quaresmeiras
Desterro, 16 de março de 2010
Gosto desse tempo. Meia estação.
Assim suave. Meio termo... nem quente, nem frio.
Sem a sensação do calor desértico dos quarenta graus, nem a do frio que dói na alma, dá até para ser feliz.
Bom para dormir sem estar num forno ou numa geladeira.
Tempo do céu mais azul, da brisa amena ao cair da tarde e ficar admirando a paisagem.
Época de acompanhar contrita a procissão do Senhor dos Passos que estamos na quaresma.
Vejo daqui o morro ainda verde salpicado do roxo intenso das quaresmeiras e do amarelo ouro dos garapuvus, escandalosamente floridos nesta época do ano.
Está lindo.
Ou estará minha alma mais feliz?
terça-feira, 9 de março de 2010
Dia de Princesa
Pois então...
Estava eu posta em desassossego, mergulhada no caos da rotina estafante e sem-graça dos últimos tempos quando, finalmente, surgiu a luz.
Mandei aquele povo que cuidava de minha mãe às favas e consegui uma santa criatura que viesse tomar o meu lugar na casa, que, definitivamente, não nasci para isso.
Não precisei fazer nada. NADA!
A moça assumiu com desenvoltura minhas panelas, trapos e farrapos de cama mesa e banho, revirou a casa inteira e organizou a minha vida.
Em um único dia senti uma felicidade tão grande, fiquei com a alma tão leve, que cheguei à conclusão que sou um zero à esquerda nas lides do lar.
Que maravilha ter tempo para ir ao comércio comprar botões, por exemplo... A-DO-RO!
Nunca fui “gato” doméstico e muito menos aprecio a arte culinária. Eu já não gosto nem de comer, imagine de fazer...
Agora, sinto-me “gente” de novo.
Tenho o maior apreço e inveja mesmo de quem gosta, curte, faz com boa vontade tudo isso que eu, simplesmente, odeio.
Questão de gosto e preferência.
Já contei aqui algumas desgraças protagonizadas por mim na área doméstica. É assim mesmo.
Quero fazer minhas artes, sair, mesmo sem rumo, saber que posso ir ali à vontade sem ter um cronômetro regulando o tempo disponível.
Meu dia de princesa não teve valsa, nem príncipe, nem festa.
Teve apenas a volta da minha vida mais livre, leve e solta.
E era tudo o que eu queria!