domingo, 30 de dezembro de 2007

Feliz 2008



Tá legal. O ano tá acabando e é hora de olhar prá trás e ver o "estrago".
Estrago? Não, não houve estragos irreparáveis. Fazendo as quatro operações, raiz quadrada e regra de três, o saldo é positivo. E muito.
Vivemos bem. A saúde e o bem estar da família estiveram em dia. Já é muito para agradecer. As finanças não estiveram completamente esgotadas, apesar do malabarismo de circo para dar conta do recado. Mas não falimos... ainda.
Das amizades temos muito o que festejar.
As velhas e queridas de longa data, graças a Deus continuam por aqui oferecendo afeto e solidariedade. Obrigada Filhas de Maria, Confraria e tantas outras troupes tão queridas.
As mais recentes conquistadas festejamos a união, o afeto a amizade cultivada dia após dia.
Obrigada minha Turma da Folia. Que este Brasil não nos seja tão imenso para um novo encontro onde for possível.
Que no próximo ano consigamos continuar tendo a saúde em dia, o bolso sem furar de vez, os amigos por perto (mesmo que do outro lado deste Brasil), enfim, possamos levar nossa vida para a frente.

Desejamos aos queridos amigos que têm a boa vontade e paciência de ler isto aqui um ano maravilhoso, cheio de realizações, com saúde e paz.

FELIZ ANO NOVO!!!!!!!!!!!!!!!!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Feliz Natal

Desejo a todos os amigos cá deste blog um maravilhoso Natal e um Ano Novo cheio de realizações.
Que Papai Noel seja bonzinho e traga uns presentinhos, nem que seja só para não passar em branco.
Que as mesas sejam fartas e os corações cheios de calor e afeto.
Que o bolso nunca fique vazio, nem a alma.
Que os sonhos se realizem, sem muita mão-de-obra.
Que a saúde permaneça estável e sem muitos transtornos.
Que os amigos sejam presentes e nos emprestem um ombro quando for preciso.
Que nossos filhos sejam protegidos de todo mal e, se possível, nos amem e respeitem.
Que consigamos tolerância e paciência para enfrentar toda e qualquer intempérie.
Que passemos pelos momentos difícies sem perder a esperança.
Que tenhamos a coragem de mudar e encerrar capítulos.
Que possamos virar a página e recomeçar novas e felizes histórias.
Que o nascimento de Jesus menino seja para nós a renovação da paz interior.
Enfim, que sejamos cobertos de amor e carinho e que a vida nos seja leve.

Boas Festas!

sábado, 15 de dezembro de 2007

Passeio das meninas





Pontualmente às dez (para as onze) finalmente conseguimos dar a partida para o nosso combinadíssimo convescote.
Fomos, em duas turmas, divididas em duas viaturas... ops... dois carros.
Ô trabalheira para conseguir juntar oito mulheres e zarpar rumo à BR 101.
As notícias não eram as melhores nem pela previsão do tempo nem pelo estado de emergência no Balneário. Mas ali ninguém estava se intimidando com esses pequenos detalhes.
Ainda bem, porque não estava chovendo e muito menos vimos alguma rua alagada.
Chegamos pela rota “Interpraias” (imperdível), paramos para fotos no mirante, esvoaçantes (estava um vento medonho) e sorridentes.
Enfim, a primeira parada, quer dizer a segunda.
Xixi rápido e apresentação do apê de La Becker. Uma gracinha. O apê não o xixi.
E agora? Para onde vamos?
Uma reunião de diretoria na frente do prédio, ata lavrada e assinada com a resolução da hora: ‘bora almoçar que saco vazio não pára em pé.
Repetiu-se a gritaria, o alvoroço e os assuntos todos contados aos trancos e barrancos, tudo pela metade. Que coisa agoniada.
O engraçado é que ninguém se faz de rogada. Não tem bar, restaurante, shopping, nada que intimide. As vozes não diminuem um tom sequer. É tudo falado alto, risos incontidos, uma sem-cerimônia digna da ingenuidade e falta de modos dos petizes .
Qual é a próxima “tarefa” da gincana?
Compras, é claro!
Foi um Deus-nos-acuda. Aquela mulherada foi tomada por alguma entidade consumista ao extremo que não deixou pedra sobre pedra. Foi o delírio dos comerciantes.
Era um tal de experimenta chapéu, óculos, blusinha, bolsas a não acabar.
Aliás, impressionante o que compraram de bolsas. Deu até papo filosófico.
La Becker, La Neves e Le eu, exauridas de tanto "bater pernas", nos jogamos num banco enquanto La Laus, La Schaeffer e La Malta esgravatavam a loja atrás do modelo, “aqueleeeee”, de uma bolsa enorme, num tom de prata que não era nem muito cintilante, nem muito fosco. Tenderam? Pois é.
La Lago estava perdida em outro corredor nessa hora, nem viu esse trelelê e La Maccheroni experimentava um chapéu vermelho.
Como ia dizendo...o papo filosófico.
La Becker concluiu (brilhantemente, aliás) que o “foco” fashion mudou da roupa para as bolsas, enormes e coloridas e para os óculos de modelos inusitados, pelo simples fato que as sílfides que já fomos....ja eram. Agora é um pretinho básico “ornado” pela bolsa, o sapato e os óculos. Ninguém nota se estamos em guerra com a balança. Faz sentido.
Cansadas e cheias de sacolas ainda havia fôlego para o shopping.
Neste, entramos por uma porta na maior algazarra, tiramos fotos com o Papai Noel e saímos pela outra porta. Parece que o Bom Velhinho demitiu-se. As crianças ele até tem que agüentar, mas, um bando de mulheres barulhentas já era demais.
Ainda tínhamos um encontro com La Caldeira na confeitaria. Pobrezinha, esperou meio século até darmos conta de um par de quadras.
A metade foi indo na frente e a outra metade perdida, entrando em todas as lojas do trajeto, descendo tudo que é prateleira como se não tivesse mais nada para fazer.
Finalmente todas estavam juntas no mesmo lugar.
Que não se imagine um mar de tranqüilidade. O volume do som continuava alto. E tome foto, café e tortas.
Faltava o arremate.
Um brinde com champagne (ou espumante para os puristas) no apê de La Caldeira, lindo, por sinal.
E foi muita farra, gargalhadas intermináveis, assim como as histórias contadas.
Recolhemos nossos apetrechos, demos um bye-bye para a dona da casa com a promessa de um breve reeencontro.
Que não demore muito porque essa farra toda faz um bem enorme à alma e ao espírito e rejuvenesce mais que um pote de creme.
Meninas vamos combinar?

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

As Filhas de Maria





Foi uma efeméride. Fazia um tempo enorme que as meninas não se encontravam. Cada uma com seus afazeres, suas famílias, gente morando longe, esses troços que acabam afastando bastante um grupo de amigas.Pois com a presença de todas na city marcou-se um encontro, num bar, onde mais?
Apesar do nome, que não se criem falsas expectativas. Beata ali não tem nenhuma.
A origem do singelo apelido vem de remotas eras onde a turma em si chamava-se "Gandaia" e as meninas faziam um coro (o atual backing vocal, se é que isto se escreve deste jeito), de uma única música. Os meninos, muito sacanas, deram este nomezinho enganador - As Filhas de Maria.
Bom, a cada uma que chegava era aquela festa, ninguém nem aí para os outros fregueses. Só que esse tipo de encontro não dá muito certo. Aquela mesa comprida com a mulherada falando toda ao mesmo tempo, se esgoelando de uma ponta a outra, deixa os assuntos todos entrecortados e não fica-se sabendo o final de uma história sequer. Os bares deveriam oferecer a modalidade "távola redonda". Pelo menos, eu aqui saberia os papos que rolaram no outro lado da mesa.
À medida que o borbulhante subia, a animação acompanhava. Pois não é que saiu uma agenda para a semana? Até sexta-feira estamos comprometidíssimas. Amanhã um tour por Camboriú.
O comboio partirá às dez da manhã. To achando que isso "num vai prestá".
Na quinta, o barzinho de todas as quintas. Espero sobreviver, pelo menos, até o Réveillon que já me inseri nas comemorações dos Ingleses - a praia.
Quando voltar o fôlego eu conto as peripécias praianas.
Seja o que Deus quiser ou salve-se quem puder.

domingo, 2 de dezembro de 2007

Papai Noel ou quase.


Estava euzinha aqui imbuída do maior espírito cristão do mundo, na maior das boas intenções quando resolvi ajudar o Papai Noel dos Correios a fazer a alegria de algumas criancinhas necessitadas.
Cheguei ao prédio alegremente com Bea a tiracolo para a boa ação do dia.
Na pequena sala uma mesa com pilhas enormes de cartinhas ao bom velhinho das crianças com seus pedidos para a noite de Natal.
Estava achando tudo muito singelo e até emocionante.
Pegamos cada uma de nós uma pilha daquelas e começamos a ler os pedidos.
Ficamos, a certa altura, boquiabertas.
Os “pequenos mimos” variavam do lap top (campeão imbatível) ao celular último tipo, passando por micro system, computador, "lap top da Xuxa" até micro-ondas e máquina de lavar roupas. Muito pedido de bicicletas também.
Conseguimos separar quatro cartinhas.
A primeira de uma menina que pedia uma boneca. Fui ler com calma a cartinha (em casa) e vieram os detalhes. A petiz tem um ano e nove meses e pede uma boneca QUE FALA e um “micossiste”. Vai ganhar uma boneca muda, com certeza! A música fica por conta da afinação da mãezinha cantando o atirei-o-pau-no-gato e dê-se por satisfeita.
Um menino pediu um carrinho de nome inglês que não tenho a mais pálida idéia do que se trate, mas, Bea me garantiu que pode rolar.
Depois foi a vez de uma boneca-bebê e, finalmente uma gracinha chamada Beatriz de dois anos que pede uma boneca (sem exigências).
Claro que todos nós temos direito aos sonhos. Mas, daí a mãe de uma criança de jardim de infância pedir estes eletroeletrônicos de última geração é um pouco demais né não?
Lap top? Celular? Oba...também quero!
Foi-se o tempo que uma bola, uma boneca (muda), um carrinho, uma corda de pular, um joguinho da memória eram considerados presentes de Natal.
Saí de lá com a certeza que no próximo Natal a primeira cartinha dos Correios será a minha.

Papai Noel...tô dentro!

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Meu amigo beija-flor


Ele é um lorde. Sempre foi.
O conheço há décadas, delicado no trato, bem humorado e bon-vivant.
Pois temos nos encontrado muito nas noites de quinta-feira, no champanhe do bar e nas conversas sempre recheadas de novidades.
É praticamente onipresente. Nunca vi ninguém com uma agenda tão repleta.
Parece mesmo um beija-flor, pulando daqui pra lá e de lá pra cá o tempo inteiro.
Chega apressado de uma reunião, senta, sai e vai para um jantar, depois volta mais um pouco e assim corre a semana.
Participa de trocentas associações que englobam da turma de inglês do filho (vai ao encerramento, fotografa, filma e relata) ao jantar do grupo de moto. Do lançamento de um livro de alguém ao churrasco do "Fome Zero". Faz parte do Conselho de todos os condomínios dos seus inúmeros imóveis espalhados por todo o canto. E tome jantar, coquetel, reunião, assembléia. Está em todas!
Hoje me contou uma que de tão inacreditável sentenciei que seria o encerramento do ano. Até 31 de dezembro ele não tem direito a mais nenhuma.
Pois a criatura não organizou a agenda para amanhã cedo prestar homenagens a um almitante falecido?
Vou contar.
Morreu um almirante não sei de onde (nem ele) que foi devidamente cremado e amanhã terá suas cinzas jogadas ao mar. O féretro (ou "méritro"????? helpppppp) acontecerá com pompa e circunstância, a bordo de um navio (ele já sabe tudo do navio, do almirante, nada!), que sai cedinho do Porto de Itajaí.
E esta criatura vai se atirar daqui até lá, embarcar no tal navio sem conhecer sequer um familiar do falecido só para saber como é esse negócio de "jogar as cinzas ao mar". Imagina ele que deva ser como nos filmes. Queria saber até o traje adequado e se seria de bom tom levar uma flor a ser atirada junto com as cinzas do pranteado militar. Pode?
Isso que após a cerimônia será servido um almoço a bordo e a nossa figurinha carimbada está animadíssima.
Disse ele que vai fotografar e relatar tudo com detalhes.
Estou só esperando.
Fala a verdade, eu só tenho amigo doido, é ou não é?

domingo, 11 de novembro de 2007

Colégio Coração de Jesus






Poxa vida, esse assunto está entalado na goela há tempos.
Meu (ex)colégio tem 109 anos e foi assassinado assim, sem mais nem menos.
As irmãs Benvenuta, Gonzaga e Evódia reviram-se no túmulo, certamente.
Não vou entrar no mérito administrativo da instituição. Só quero o direito de espernear.
Na minha família já estávamos na quarta geração de alunos.
Minha mãe e suas irmãs vieram de Lages no final dos anos 20 para aprimorarem seus estudos na capital. Era o "colégio das freiras", apropriado para as moças de boa familia daqueles anos. E assim, suas primas e muitas moçoilas bem nascidas de então.
Casaram e tiveram filhos que seguiram os mesmos canones.
Depois foi a nossa vez de encaminhar nossos próprios filhos. E nossos filhos fazendo o mesmo com os seus.
Como já anunciei, não entro no mérito gerencial, entro no emocional mesmo.
É muita falta de consideração e sensibilidade da atual direção.
Que se alterem as regras administrativas mas, gostaria muito de saber se havia a real necessidade de mudar o nome do colégio, seu uniforme, suas cores tradicionais. Que vantagem tem isso, meu bom Jesus?
Bom, cheguei ao ponto - TRADIÇÃO.
Acho que atualmente ninguém está interessado nisso, né mesmo?
Soube que algum movimento foi feito, inclusive na Câmara de Veradores.
Pelo que está aí, nossos nobres edis devem ter muito mais o que fazer. Projetos muito mais mirabolantes a aprovar do que se meter numa bobagem dessas.
São só 109 anos jogados no ralo. O que é que tem demais não é mesmo?
Pode não ter para um monte de gente. Para mim tem sim.
Tive o prazer de formar uma das filhas no Coração de Jesus. A outra saiu junto com a mudança.
Os incomodados que se mudem. Não é esta a ordem geral?
E é por essas e por outras que a minha cidade anda tão descaracterizada.

domingo, 4 de novembro de 2007

Fenaostra - Eu fui!


Encerrando as festas de outubro no Estado de Santa Catarina, lá fomos nós para a FENAOSTRA.
Pois então, a companheira pau-pra-toda-obra tinha um aniversário antes e, fiquei esperando a "carruagem" para adentrar à festa.
Já fomos tarde que o rega-bofes prolongou-se mais que o previsto.
O show da noite já ia num andamento animado e o povo comendo e bebendo como se o mundo fosse acabar amanhã.
Trocentos restaurantes servindo ostras de maneiras tão inusitadas que até Deus duvidava de tantas possibilidades. Vi até tapioca de ostra.
E o povo continuava animado.
Para não perder muito da festa que a hora já ia longe, fomos dar uma verificada no artesanato.
Muito legal. Tinha de um tudo, num bric-a-brac de fazer inveja à Feira de Caruaru e assemelhados.
A certa altura da visita aconteceu um vuco-vuco qualquer e Bea ficou no maior estresse.
- "Vamos sair daqui. Isso é uma briga!"
- "Que nada, Bea, deve ser alguma performance, estão batendo palmas".
Putz, logo apareceu a polícia e enquadrou o cidadão, que boa coisa não deve ter feito.
Dei-me conta que estava sem cigarros. Para quem tem o hábito já imagina o sufoco àquela hora tardia. Uma única banquinha os vendia.
Credo, a única marca, desconhecida era a possibilidade. Ou aquele ou nenhum. Pois é, foi aquele mesmo.
Finalmente voltamos ao show e resolvemos molhar a palavra que já estávamos rodando a esmo por ali há tempo demais.
Escolhemos um cubinha maneiro para sentar e curtir.
Ô meu Pai! O dito cujo era de cachaça. Eu odeio cachaça. Ficou um troço intragável.
Pegamos mais uma pepsi (não tinha coca) para diluir um pouco mais aquela água que passarinho não bebe mais venenosa que leite de caixinha.
Acabado o show , recolhemos os panos de bunda e levantamos acampamento que já estava de bom tamanho.
A propósito, a festa era da ostra e não comemos nenhuma.
Tô ficando craque em contrariar essas festas de outubro.

domingo, 21 de outubro de 2007

Valeu amigas!

Voltem sempre que será um imenso prazer recebê-las aqui na Ilha das 3 Pontes, 42 praias, 2 lagoas e 36 trilhas ecológicas .

sábado, 20 de outubro de 2007

Um passeio turístico no feriadão






Alguém aí chame uma faxineira com urgência. Isso aqui está empoeirado e cheio de teias. Tadinho do meu blog.
Falta de tempo e “inspiração”, se bem que causos não faltaram.
Como por exemplo, meu feriadão que foi animadíssimo.

Recebi aqui em Floripa, amigas do Rio e de Porto Alegre. Foi uma fuzarca.
Dentro da programação, marcamos um tour por Camboriú, Blumenau e Brusque.
Marcamos é força de expressão que nos metemos mesmo numa excursão já previamente marcada.
A “turma” era composta em sua maioria por nordestinos de vários estados. Alguns mineiros, um alemão e nós aqui, as adolescentes em férias.
Tomamos a cozinha do busão de assalto.
Já na entrada , num pequeno motim, tentamos uma mudança no roteiro. Compras em Brusque não nos fazia salivar. Sem chance, pois, minoria perde.
Apresentou-se nossa guia turística. Ó Senhor, que castigo dos céus!
A moça não era tão moça, pra começar. Tinha uma voz esganiçada e alta que amplificada pelo microfone, reverberava nos nossos pobres ouvidos.
Bom, se aquela moça fez algum curso de guia de turismo deve ter tirado notas péssimas.
Falou tanta besteira, disse tanta sandice que Thetê e eu quase chegamos a óbito. Ela não esperava duas manezinhas a bordo, corrigindo-a o tempo todo. Um pooooooooorrrrrreeeeeee.
Ganhou, de cara, nossa antipatia quando avisou que seriam reles vinte minutos no Pavilhão da Oktoberfest em Blumenau e uma hora e meia na FIPE, local de compras em Brusque. Mó sem-graça.
Camboriú já foi uma festa. Para não perder tempo, nem subimos no teleférico. Andança, café e fotos. Aquilo lá estava fervendo e quando euzinha pensava na miséria de ficar aquela hora e meia paradona pois não queria comprar nada, sentia até ímpetos de esganar a guia. E seria legítima defesa.
A seguir a bela Blumenau.
No tal pavilhão foi uma verdadeira gincana. O tempo era contado na ampulheta e conseguimos a façanha de pular carnaval com a bandinha alemã, comprar souvenirs, tirar trocentas fotos de tudo que é jeito e a maior de todas, não tomar um gole sequer do chopp da festa. Pode um negócio desses? Só onde euzinha to metida que acontecem essas coisas.
Brusque nem vou falar, pois, nem um café decente aconteceu.
Como não estávamos com espírito consumista no momento, queríamos ao menos o direito a um café colonial “daqueles”,com tudo que se tem direito e mais um pouco.
Nos contentamos com um café sem-vergonha numa lanchonete xexelenta.
Somando tudo e tirando os nove fora, o saldo foi muito positivo, pois, rimos à beça e até a guia amplificada e mal informada foi motivo de muita diversão.
Eu me meto em cada uma...

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Beleza pura



Como eu não acho que beleza interior seja coisa só de arquiteto e decorador, publico texto que recebi e gostei muito.

Em tempos de busca incansável pela fonte da eterna juventude, onde ruga e celulite são quase crimes inafiançáveis, uma "sacudida" assim é muito bem vinda.

Concordo com a autora que a vaidade é saudável sem os exageros que vêm sendo cometidos por aí.

Valeu xará!


"Irretocável


Tenho cabelos pretos, pintados,
para esconder os fios brancos.
Não me lembro exatamente em que
ano eles começaram a branquear...
Tenho algumas rugas em volta dos olhos,
também não me recordo quando
elas começaram a aparecer.
Tento disfarçá-las, tantas novidades
no campo da dermatologia,
achei por bem aproveitá-las.
Do corpo não cuido quase,
só recentemente entrei para uma
academia por ordem médica.
Ele me disse que na minha
idade preciso de exercícios.
Mais falto mais do que vou,
não gosto de fazer ginástica.
Das minhas unhas cuido semanalmente,
penso que elas são uma porta de visita.
Unhas maltratadas causam
uma péssima impressão.
De uns dois anos pra cá descobri os
cremes e aí compro um aqui,
outro ali e no final não uso nenhum,
mas compro, só de olhá-los na prateleira
já percebo que as rugas se retraem.
Sou assim, vaidosa,
mas não sou em excesso,
penso que sou na medida certa,
na medida correta para uma mulher.
Enfim os anos passam e as
marcas que eles deixam em nós,
não temos como conter.
Nem pretendo isso.
Acho que cada marca que meu corpo
carrega tem uma linda história.
Às vezes me pego na frente do espelho
descobrindo uma nova ruguinha
e já me coloco a pensar o que a causou.
Depois reencontro com outra que já está lá
vincada há anos e me recordo que ela
apareceu quando perdi um grande amor.
Poderia enumerar também a história
de cada fio de cabelo branco.
Foram filhos, maridos,
amigos que colocaram eles ali. Não quero me desfazer
de nenhuma dessas marcas,
apenas amenizá-las,
acho que mereço isso.
A vida me deve isso.
Atualmente a parte que merece mais
atenção minha tem sido a cabeça.
Tento todos os dias colocá-la no lugar,
equilibrá-la, alimentá-la
com sonhos e alegrias.
Corpo e mente caminham juntos,
se um estiver em estado lastimável o
outro provavelmente vai se deteriorar.
Não escondo minha idade,
não adiantaria falar
que tenho trinta e cinco
e apresentar uma
filha de vinte e sete.
Portanto eu confesso,
tenho sessenta anos.
Metade deles, bem vividos,
a outra metade muito sofridos.
Mas é exatamente aí que está
o encanto da minha idade.
Conheci de tudo um pouco,
das lágrimas aos sorrisos e ambos me
fizeram ser essa pessoa que sou hoje.
Ficaram as rugas no rosto e na alma,
mas também ficaram sorrisos em ambos.
Minhas rugas mais bonitas são aquelas
marcas de expressão que eu
adquiri por tanto sorrir,
muitas vezes,
quando o coração chorava."


SILVANA DUBOC

sábado, 11 de agosto de 2007

Dia dos Pais



Um agradecimento a Deus por ter dado às minhas filhas uma pai tão presente, tão amigo e tão amoroso.

O Bar das quintas


Comme d'habitude, lá fui eu cedinho ao bar de todas as quintas pegar a mesa de sempre.
Amiguinha já estava me esperando sentada com uma criatura que eu não tinha idéia de quem fosse.
Aliás nem ela. Conheceu ali. Uma moça muito esfuziante e alegre que estava na cidade procurando casa para comprar. Já ficamos amigas de infância.
Chegaram os músicos. Esses eu não conhecia.
Meninos lindos, muito jovens, carinha de estudantes de universidade.
Eu não estava num dia muito bom. Dormi à tarde e isto é péssimo para o meu bom funcionamento.
Bom, o bar começou a encher muito mais que o habitual.
- "Tá animado isso hoje, não?"
E chegou a terceira componente do trio "arroz de festa". Animadíssima, como sempre, falando com todo mundo.
Confesso que tomei um susto ao começarem a tocar e cantar.
Os meninos batem um bolão.
Perguntei o nome da banda. Não tem. É só Thomás e Felipe. Assim, simples.
O povo foi animando cada vez mais na proporção da ingestão dos uísques, vinhos, champanhes, chopes, vodcas, licores ou qualquer coisa com algum teor alcoólico.
O dono ia da alegria pela casa cheia à aflição pelo volume da música.
Mas os meninos são um show.
O repertório é variadíssimo. Vão de Frank Sinatra a Chico Buarque, passando por Beatles (muito), Herbert Vianna, Tom Jobim, Edith Piaf, ("viajei" com La vie en rose")Michael Jackson (é, também), tudo com muito "molho" e muita competência. Junto com Thomás e Felipe tocavam Fábio e Pietro e esses meninos "salvaram" a minha noite.
E os amigos deles que estavam por lá davam "canjas" ótimas.
Só sei que a noite acabou com o "raisoçaite" se esgoelando e pulando de braços para cima para total desespero do Serginho - o dono.
E essa foi a melhor quinta-feira do meu querido bar.

domingo, 5 de agosto de 2007

Alçapão da beleza



Amiga cá da titular deste blog, bem falante, bem relacionada, gosto refinado, veste-se muito bem, frequenta muitas festas, enfim uma pessoa muito dada, estava em seu trabalho quando acercou-se um garoto, bolsista da tal repartição.
- Tia, minha mãe vende uns produtos de beleza que são uma maravilha, quando a senhora quiser eu posso trazer.
- Tá bom meu filho, qualquer dia eu vejo os produtos da sua mãe.
Passou-se uma semana e lá estava o bolsista no pé da nossa amiga tentanto uma publicidade básica dos cosméticos maternos. E mais outro dia, e, de novo.
Numa quarta ou quinta vez veio ele com uma novidade.
- Tia, a senhora foi sorteada para participar de uma demonstração. Tudo grátis, vai lá que não vai se arrepender.
Com o endereço em mãos, convocou o marido para levá-la pois era num bairro fora do centro e a noite já havia caído. Era um prédio pequeno e, receosa, lá foi ela para fazer jus ao brinde.
Quando a pobre entrou, era uma sala de aula, apinhada de gente tendo uma espécie de aula de beleza com a mãe do garoto. Fizeram a coitada levantar, palmas, "que bom que você veio" , esses festejos da antevisão do ganho de uns trocados. Bem no meio da tal sala havia uma espécie de cadeira de dentista. Nossa amiga começou a não gostar muito daquela fuzarca.
-Vamos então ao sorteio da limpeza de pele.
Quem ganhou? Bingo! Nossa amiga. Já prevendo a desgraça prestes a acontecer, lá foi ela tal qual o boi ao matadouro. Sem saída. A esteticista dava explicações e ordens aos alunos e ela, recostada naquela cadeira, vendo formar-se o maior king kong já protagonizado.
-"Olhem só, a pele dela tem os poros muito abertos. É uma pele muito oleosa".
E dá-lhe tapinhas no rosto, estica, puxa, mostra, traz o espelho de aumento. E a turma em cima da coitada esgravatando aquele rosto e apontando T-O-D-O-S os defeitos.
-"Ah! mas esta sobrancelha é completamente irregular " (meu pai, ela achava que era perfeita).
-"Podem olhar tem tantos centímetros de diferença".
-"Minha querida, não te preocupes que vais ganhar uma limpeza de pele que vais ficar uma deusa!"
E tome tapa na cara, estica, espreme, puxa, passa máscara, tira máscara, passa creme, tira creme.
-"Agora, o serviço vai ficar completo porque vais ganhar uma maquiagem".
A tal sobrancelha ganhou novos contornos (medonhos), e foi tanta base,pó, blush, sombra, rímel, batom vermelho... uma coisa!
Querendo se livrar o mais rápido possível das garras daquela gente, só restou comprar meia dúzia de cremes e máscaras (nunca, jamais usados diga-se).Voou escada abaixo ao encontro do santo esposo que, tendo passado uma hora e meia de função, estava dormindo o sono dos justos.
-"Acoooooorda criatura".
-"Meu Deus, onde vais toda enfeitada desse jeito?" "É alguma festa?" "Eu vou também?"
-"Não, coisa tansa! Te arranca daqui logo, antes que digam que fui sorteada para qualquer outra coisa".
E lá se foi nossa beldade correndo lavar aquele rosto que tinha acabado de ser totalmente avacalhado.
Ô noite sem glamour!

sábado, 21 de julho de 2007

O Pan aqui em casa




São várias as modalidades. Ginástica de solo, corrida com obstáculo, corrida de revezamento, maratona, natação e por aí vai. Muitas modalidades e alguns competidores.
A "corrida com obstáculo" já ocorreu no supermercado mais próximo. Por décimos de segundo não levei o ouro. As barreiras sucediam-se, uma a uma, e euzinha lá, firme ultrapassando todas. Já tinha vencido o balcão da degustação, o carrinho da madame folgada no meio do corredor, a cesta de compras do velhinho que estava no café, por último, aquele carro alegórico da reposição de mercadorias. Até aí vinha com alguma vantagem. Neste momento, numa ultrapassagem espetacular, tomou a dianteira garoto sarado de academia e não teve nem graça.
Beleza, levei a prata.
No "arremesso de espanador" o pódio foi da faxineira mesmo que nem me apresentei para a competição. Foi WO.
O papi foi desligado da delegação por contusão. Braço quebrado. Disputaria medalha no "taekondoo", modalidade acima dos 70 kg. Tornou-se voluntário na distribuição do lanche da tarde. Ó dó!
A faxineira e a vó treinando com afinco para levar o ouro em "nado sincronizado" diretamente do tanque "Maria Lenta". Vão arrasar.
No "nado livre" por aqui não tem pra ninguém. Filhota mais velha leva o título com recorde. Horas no chuveiro com trilha sonora de Ivete Sangalo. Fácil!
A mais nova em treinamento intensivo para o "salto em distância". Da TV para o PC. Férias, férias... Até o dia da competição ela melhora o rendimento. É uma promessa essa menina.
Nos "exercícios de solo", franco favoritismo do Ziggy, o bestalhão do meu cachorro. O duplo twist carpado para subir na minha cama é sem concorrência.
Última prova, "levantamento de flûte na balada", a medalha é minha mesmo. Anos de preparação intensiva. Essa não deixo pra ninguém. Pode se esgoelar, Galvão...


Ééééééééé ouuuuuuuuuuuuuro do Brasillllllllllllllllll!!!!!!!!!!!!!

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Conto de Fadas - ou quase.




Era uma vez...
(Tá certo isto é uma fábula)
Vivia a princesa em seu castelo medieval, cercada por uma corte infindável.
(Devia ser um tremendo mafuá)
Mas, em meio a tantas pessoas, não sentia-se parte daquele castelo.
(Tipo rebelde sem causa, saca?)
Não entendia aquela vida e estava sempre a um passo de morrer de tédio.
(Nem um showzinho de rock de vez em quando)
À falta de diversão naqueles domínios nossa princesa ocupava-se em fiar e bordar.
(Tudo feito na maior má vontade, claro)
Sua alma alegrava-se apenas quando podia ir ao bosque.
(Um ar puro de vez em quando não faz mal a ninguém, além de tirar o cheiro de mofo)
Ali encantava-se com as flores, as árvores, os pequenos animais e ficava perdida em devaneios.
(Bem que podia aparecer o Wagner Moura para acabar com aquela monotonia)
O caminho de volta era sempre o mesmo, determinado por preocupação real.
(Tá pensando o que? O reino era cheio de perigos)
Um dia, nossa heroína entediada resolveu atrever-se a mudar o caminho de volta e escolheu uma viela pequena e estreita, lugar muito perigoso.
(Isso aprendeu com aquela outra cabeça de vento, a Chapeuzinho Vermelho né?)
Mas como a curiosidade matou o gato, lá foi ela com o coração aos pulos de ansiedade e medo. O que poderia encontar ali?
(Bobinha, nem te conto)
Já estava bem perto do castelo quando viu, por detrás de um pequeno arbusto, surgir um lindo moço que ela não conhecia das cercanias.
(Ói só que sorte!)
E o tal moço trazia um alaúde pois era um menestrel muito famoso na cidade vizinha.
(Estão notando que a princesa vai se dar bem)
E ele começou então a cantar para ela lindas canções e ela ficou tão encantada que o convidou imediatamente para ir ao castelo.
(Nosso menestrel arranjou um emprego)
Quando o rei ouviu as músicas do menestrel ficou também tão encantado e impressionado que fez com que ele passasse a tocar em todas as festas do palácio.
(Começou a exploração)
A princesa no começo estava achando tudo muito lindo mas, com o tempo, foi ficando de saco cheio pois estava muito interessada no músico e o rei na música.
(Olha o conflito de gerações aí gente!)
Vendo que aquela situação não mudaria mesmo, nossa princesa chamou o menestrel num canto e enfiou de bate-pronto:
- "Como é? Pode ser ou tá difícil?"
- "Só se for agora, princesa"
E os dois pombinhos deram no pé que aquele castelo era uó!
Acho que não sei escrever fábulas. Acabei de esculhambar com uma.

sábado, 16 de junho de 2007

by night


Eu joguei pedra na cruz! Ou comprei os pregos, só pode.
Fomos, as três moçoilas alegres, rumo a balada da agenda. Cedo que era para pegar uma mesa que as madames não estavam dispostas a ficar de pé naquela muvuca.
Pois bem, escolhemos uma bem boa, perto da banda, que já somos chegadas num fuzuê. Acontece que na nossa frente uma criatura que também foi mais cedo, juntou logo três mesas. Já vimos que a turma era grande. Mas não carecia ser tanto. E a cada minuto chegava mais e mais gente para aquela mesa comemorativa.
A minúscula que vos fala sentou-se exatamente na direção da bunda gigantesca de um cidadão que deveria ter o bom senso de deixar a metade daquela mala em casa. Pois a criatura dançava praticamente no mármore da nossa mesa. A esta altura duas amigas juntaram-se a nossa pequena troupe. Era necessária uma ação rápida para aquela bunda tomar consciência do seu tamanho. Pois mulher é um bicho muito sacana. Exatamente onde aquela protuberância teimava em rebolar fez-se uma armadilha na forma de mistura de azeite de oliva, molho de pimenta e coca-cola. Pelo menos aquele infeliz teria o desprazer de ver seus fundilhos devidamente carimbados.
No meio desse trelelê uma ida ao toilette era de bom tom e daria um refresco naquele clima de oriente médio que estava se desenhando ali. Ah, que ilusão. Encontro rápido com amiga de velhos tempos. Pobrezinha, tinha acabado de descobrir uma traição muito sem-vergoha de um marido mais sem-vergonha ainda que foi flagrado com ninfeta com idade para ser sua neta. Dá para imaginar o estado de espírito da colega.
Claro que não faltou solidariedade. Até uma que estava só passando um batonzinho juntou-se aos comentários dando a maior força. Coisa dessa mulherada tarimbada nesses assuntos.
- "Calma querida, no começo é esse desespero mas depois passa".
- "Liga não, pensa que o miserável é sério candidato ao Oscar de efeitos especias na testa".
- "Claro, imagina que estás livre daquele purgante, cheio de manias, ranzinza e mal humorado".
E por aí seguiu-se um consultório sentimental naquele sacrossanto recinto onde as mulheres vão até para fazer xixi.
Eu já estava achando que eram muitas emoções para uma noite só. Mas ainda vinha mais coisa.
Voltei ao meu lugar, ali quietinha, e aquela bunda surreal continuava lá, impávida. Agora já muito mais à vontade. Praticamente sentou-se no meu ombro. Euzinha ali tentando manter um mínimo de dignidade, mas estava difícil. Até que chegou mais um amigo que conseguia ser ainda mais espaçoso que o bundudo. Bom, como sou moça fina, não ia cair do salto assim sem mais nem menos. Só me virei e encarei aqueles selvagens com a minha arma de guerra que consiste em apenas um olhar com a sobrancelha esquerda erguida na altura do Monte Everest e um afastamento da cadeira exigindo mais espaço. Digamos, um petit piti. Fulminante.
Enfim uma trégua. Só que como sabemos, dois corpos não ocupam o mesmo espaço. É uma lei da física que foi sendo testada noite adentro. Pois, se saíram do meu lado, foram para cima, literalmente, da amiga da cadeira ao lado.
Além do derrière monumental, os cotovelos também auxiliavam no embate. Sim, porque aqueles volumes eram dinâmicos pois dançavam. E tome bundada e cotovelada. Aí o caldo engrossou de vez. A moça em questão partiu pra porrada. E foi um bate-boca digno de feira livre, não sendo descartada a hipótese de uma garrafada nos cornos do folgado. E isso tudo que a noitada em si estava desanimada.
Na saída avisei à gerente da casa que não deixasse de cobrar couvert dobrado daquele monstro que aquela bunda ocupava espaço de mais de uma pessoa.
Nem esperamos acabar. Pagamos nossa conta e saímos dali rapidinho antes que a refrega acabasse na polícia.
Outra dessas não me pega nem por decreto.

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Navegando na Rede


Esta histórinha nem é tão nova, mas como dei muita gargalhada com a narração, faço questão de contar.
Pois tenho uma amiga muito animada que adora estar conectada e faz do seu computador uma verdadeira ONU de contatos.
De quando em vez conhece alguém especial, de perto ou de longe e não se furta em tentar um contato mais imediato de terceiro grau. Claro que muitas vezes toma uns tombos. O último foi fenomenal. Encontrou uma pessoa legal, nível universitário, idade compatível, morando em cidade próxima.
Belo dia, nossa princesa "internáutica" estava posta em sossego quando bate o telefone com a tal criatura do outro lado da linha.
- "Olha, estou passando pela ponte, quero te ver. Como fazemos? Posso ir te buscar?"
Princesinha descolada:
- "Não há necessidade disso. Te encontro no bar tal. É muito charmoso e bem frequentado. Ok?"
Ok. Toca em frente.
Já na chegada ao local viu uma figura muito mais velha do que podia supor, vestindo calça de tergal "saint-tropeito", camisa riscadinha abotoada até o pescoço,cinto e sapatinho combinando (ai Jesus) e arrematando o pacote um par de óculos escuros, plenas nove da noite. A boca meio murcha denunciava uma provável dentadura. Não foi possível confirmar. Ela não deu chance nem tempo. Diga-se que nossa simpática amiga é figurinha carimbada no barzinho escolhido. Ela ali louca para se mandar pois a figura não emanava nenhum resquício do "élan" necessário para um bom começo de conversa. A princesinha comeu, bebeu uma água tônica básica, e nem se aventurou em nenhum líquido com qualquer teor alcoólico. Vai que se anima...
Cumpridas as formalidades da boa educação, despediu-se pois precisava acordar cedo. O "moço", muito decepcionado, havia trazido um lindo presente para nossa heroína cabeça-de-vento que teve que aceitar morrendo de vergonha. E, daquele mato não saiu coelho de jeito nenhum.
Ah! Os óculos escuros escondiam duas vistosas cicatrizes, provavelmente resultado de uma plástica recentíssima.E o tão bem intencionado cidadão voltou para sua cidade sem lograr êxito na empreitada.
Essa internet proporciona grandes chances de uma pessoa se esborrachar, né não?

quinta-feira, 7 de junho de 2007

O Aeroporto



Tenho uma turma totalmente 10!
10trambelhadas, 10governadas, 10orientadas, todas. Pagar mico é com essa mulherada. Chegamos num patamar da vida que agora vale (quase) tudo. Então, não tem essa de: "que vergonha", "que mico", coisa que minhas amadas filhotas vivem repetindo no auge da juventude onde viver é muito complicado.
Já estamos naquela que agora tudo que vier é lucro.
Pois fizemos uma viagem ao Rio de Janeiro. Só não sei como sobrevivemos.
Quero contar as chegadas à Cidade Maravilhosa. Sim, no plural porque foram várias. Oropa, França e Bahia em reunião de uma ONU da farra e da palhaçada.
O Aeroporto Tom Jobim jamais será o mesmo.A cada aterrisagem um carnaval, cada dia com mais gente. Eu, se fosse autoridade, tinha até levado aquele bando todo em cana.
Tiarinha pisca-pisca, anel brilhando, boá de plumas que entravam em narinas agoniadas, óculos de todos os tipos e formatos além de uma freira para completar a fuzarca. Essa freira deu o que falar. De unhas vermelhas, pitando um cigarrinho e sandália de plataforma. Uma pobre desavisada chegou a perguntar se era mesmo uma freira. A "colega" ao lado já respondeu prontamente que sim mas que fora do convento a "freira" adorava um ar de civilidade. Pobrezinha não entendeu foi nada, a moça. Sem contar que na última recepção a "freira" apresentou um strip-tease improvisado, pleno saguão lotado, jogando aquele hábito pra tudo que é lado. Palmas frenéticas dos frequentadores e uma arruaça digna de um baile de carnaval dos mais animados.
Não é por nada não, mas a crise aérea piorou muito depois disso.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

VÓ LIA

Um brinde à nova vovó! Tim, tim Lia

terça-feira, 5 de junho de 2007

Epopéia de um joelho


Começou há tempos a incomodar. Rangia, doía, rosnava e me impedia os mais simples movimentos. Abandonei passos mais elaborados e vigorosos de rock, já não estava dando para tanto. Subir, degrau por degrau uma reles escada, fazia-se difícil e doloroso.
Mas, como assim? Tão festeira, tão animada, tão esfuziante ficar travada desse jeito.
Sim, um simples e inexpressivo joelho estava tirando meu sono, meu humor e minha animação.
Cirurgia à vista. Tudo bem explicadinho, todos os cuidados e recomendações para a recuperação do "infeliz".
- Como assim doutor, muletas por vinte dias? Nem pensar! Quarenta sessões de fisioterapia? O senhor não me conhece. Tenho trocentas coisas pra fazer e não posso ficar por aí pulando perneta tal um saci desgovernado.
Quem dera! Fiz mesmo tudo isso e mais um pouco.
O tempo passou e o meu joelhinho tão judiado não deu tréguas. A dor continuava lá, firme e forte como se nada houvesse acontecido para dar cabo àquela aflição.
Novo exame, novo médico e a sentença: é caso de nova cirurgia.
Ah! Nem pensar. Nem a pau, Juvenal.
Uma consulta a outro especialista já na expectativa que todas as velas, orações e promessas surtissem um outro efeito. Como Deus é Pai e não padrasto, cá estou imbuída do maior espírito de disciplina, numa fisioterapia caseira desta vez e me entupindo de pílulas para combater uma inflamação no tendão, causa da dor que não quer calar.
Agora eu pergunto, alguém merece isso?
Logo eu, tão saltitante por aí claudicando. Não fica nem bem.
É bem verdade que a minha "milenar" indisciplina deu uma bela força para que o pobre ficasse neste estado de esculhambite generalizada.
Depois da tal cirurgia fiz tudo que não devia e não podia. Era para me poupar. Nao deu.
Andei o que não podia, dancei o que não devia, joguei meu metro e meio em cima de saltos de alturas proibitivas, enfim vivi.
A esta altura do campeonato não dá para ficar numa imobilidade irritante.
Quero mais é viver e aproveitar para ser feliz.
Não é pedir muito. É?